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CARLOS PALOMBINI
( Brasil – Rio Grande do Sul )
É professor de Musicologia na EMUFMG e bolsista PQ-CNPq. Graduou-se em Direção Teatral pela UFRGS (1981), especializou-se em Tecnologia da Informação Musical na City University de Londres (1991) e obteve o grau de Ph.D. pela Escola de Música da Universidade de Durham, Reino Unido (1993). Residiu no Institut Mémoires de l´Édition Contemporaine como bolsista da Capes (2008-2009) para reconstituir o Ensaio sobre o rádio e o cinema: estética e técnica das artes-relé, 1941-1942, inacabado, de Pierre Schaeffer, publicado simultaneamente em Paris (Éditions Allia) e em Belo Horizonte (Editora UFMG) numa edição crítica em setembro de 2010.
Fonte da biografia: https://www.ufmg.br/
LITERATURA BRASILEIRA. Capa e Coordenação editorial: Christina Oiticica. Rio de Janeiro; Shogun Editorial, 1986. 97 p. No. 10 371
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda
NIHIL NOVUM
(três excertos )
O PROBLEMA DO NADA
O problema do Nada é muito simples: Tudo é Nada. Nada é tudo.
Os postulados do Nada são três:
A) Dentro do Nada sempre há alguma coisa, pode haver tudo, pode
haver coisa nenhuma.
B) Do outro lado do Nada sempre há alguma coisa, pode haver tudo,
pode haver coisa nenhuma.
C) Antes, durante e após o Nada, sempre há alguma coisa, pode haver
tudo, pode haver coisa nenhuma.
Portanto, coisa nenhuma é Nada.
POEMETO ORIENTAL
Yaka pàtchu lin
kabamba
Kabamba eh!
kabamba
Uh…
*Nota breve sobre a interpretação do Poetemeto Oriental: O que uma tênue voz vinha há anos sussurrado, faz-se súbito percepção: “Yaka pàtchu lin”. Ofuscado pelo brilho até então de tal verdade interior, tremulamente assustado, murmuro:
“kabamba”, e já não posso conter tanta luz: “Kabamba eh!, que ressaboreio, derra-
deiramente extinta em meu palato: “kabamba”. Varre-me um tremor pós-urinário:
“Uh...”
Ave não pia que amarelo é o ventre do abacate ao fruto mesmo não maduro que hoje padecemos por qualquer tomate e amanhã também.
*
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Página publicada em abril de 2025.
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